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Louis Vuitton: 200 anos do Génio

Atualizado: 19 de abr. de 2022

Esta semana o mundo da moda celebrou o nascimento de um visionário, que transformou a arte de viajar e que foi o criador de um dos bastiões do luxo.


A 4 de agosto de 1821 nasceu, em Anchay, Louis Vuitton, fundador da incontornável Maison que todos conhecemos e que é um sonho de consumo para muitos. Mas conhecemos o Homem por trás do luxo?

Louis criou a marca em 1854, no entanto, a sua história começa bem antes disso e hoje, mais do que a história da marca, importa conhecer a trajetória do seu fundador.


Louis Vuitton
Louis Vuitton, The Genius behind Fashion Design

A primeira data chave a destacar seria o 10º ano de vida de Vuitton, quando perdeu a mãe e, pouco depois, ganhou uma madrasta. É nesta fase que podemos começar a falar de um pequeno conto de fadas, já que, reza a lenda, a sua vida tornou-se um pouco Cinderelesca: uma madrasta cruel e um jovem determinado frente a frente. Aos 13 anos, Louis inicia uma impressionante caminhada até Paris: 470 km, percorridos em mais de 2 anos, com vários empregos e abrigos onde conseguisse encontrar, chegando, finalmente, a Paris aos 16 anos, em 1837.



O Sonho Parisiense

Já em Paris, Louis Vuitton começou a trabalhar como aprendiz no atelier Monsieur Marechal, onde fabricavam baús e malas de viagem. Esta profissão, para além do fabrico, incluia também a tarefa de fazer e desfazer as malas [e numa pequena nota, quantos de nós não gostariamos de ter um destes agora?]. Esta arte era extremamente bem reputada, uma vez que os artesãos tinham uma grande ligação às elites. Não tardou muito até que Louis Vuitton fosse reconhecido como um dos grandes artesãos de Paris. A segunda data que temos que destacar é o ano de 1851, o momento em que Napoleão Bonaparte dá um golpe de Estado. Um ano depois, se assume como Imperador de França. Quem disse que a política e a moda não se podem relacionar? Graças à sua grande reputação entre a elite gaulesa, Eugénie de Montijo, imperatriz de França, escolheu-o para ser o seu artesão e bagageiro pessoal. Este momento foi um ponto de viragem para a carreira de Vuitton. A partir daquele momento - e até ao fim da sua vida - ele era o artesão de confiança da realeza e das elites.



1854 foi um dos anos mais importantes da vida de Louis Vuitton: foi ano em conheceu e se casou com Clemence-Emilie Parriaux e também o ano em que deixou a Monsieur Marechal. Abre também o seu primeiro atelier na Rue Neuve des Capucines. 4 anos depois, Vuitton introduziu no mercado um novo baú, o Trianon que revolucionou por completo a arte de viajar. Por um lado, era feito em tela, o que o tornava mais leve e resistente. Mas, o detalhe mais importante foi o novo formato do baú. Anteriormente, os baús tinham um topo arredondado, ao passo que o novo design da marca trouxe o topo reto e o formato totalmente retangular. Permitindo o empilhamento de diferentes baús. Estando adaptado ao novo mundo de transportes que surgia na época, como os comboios, onde várias malas e baús eram carregadas em conjunto.

O produto foi um sucesso e, um ano depois, devido à crescente procura pelos seus produtos, a marca mudou-se para um atelier maior, em Asnieres, fora de Paris.



Em 1870, fruto da guerra, o negócio teve de ser interrompido. Um ano depois, quando voltou a Asnieres, Vuitton encontrou uma terra em ruínas, uma loja destruída. Tinha perdido o seu staff e os equipamentos tinham sido roubados. No entanto, mostrando o mesmo caráter determinado, Louis dedicou-se ao restabelecimento do negócio. No espaço de meses, estava de volta a Paris com uma nova loja no número 1 da Rue Scribe. É, neste momento, que a marca passa a querer afirmar-se no mundo do luxo. A localização no centro de Paris, próxima da aristocracia francesa, foi um importante fator.



Um negócio crescente

Os 20 anos seguintes continuaram a ser de forte afirmação para a Maison. Com o crescimento da marca, surgiu também a necessidade de criação de uma identidade irreplicável. Num momento em que a marca já começava a sofrer falsificações: inicialmente, Vuitton abandona o cinza do baú Trianon e começa a utilizar um padrão com riscas em bege e castanho. E, posteriormente, a marca introduz o Damier, icónico até aos dias de hoje.

Louis Vuitton acaba por falecer em 1892, aos 70 anos.

Porém, o seu legado vive até aos dias de hoje e permanecerá sempre nas páginas da história como um génio e exemplo de superação e determinação. As suas criações influenciam as nossas vidas até aos dias de hoje. Vuitton é o argumento perfeito para atirar a todos aqueles que entendem a moda como um sinónimo de futilidade.


O legado de Louis Vuitton


Louis Vuitton legacy
Louis Vuitton, the Haute Couture Maison

Words by C.C.


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